Maria Callas

domingo, 25 de abril de 2010

Plácido Domingo retorna aos palcos como Barítono

Depois de superar o câncer de cólon, o artista, transformado em barítono, enfrenta o papel de Simon Bcaanegra no teatro Scala de Milão
A atmosfera no teatro Scala de Milão, na sexta-feira passada, era a mesma das grandes estreias de temporada, ainda que sem os reflexos das luzes que costumam iluminar a fachada do teatro todos os dias 7 de dezembro. Plácido Domingo voltou a subir no famoso palco depois de ser submetido a uma cirurgia em março para a retirada de um tumor. Pode-se dizer que a sala de cirurgia renovou suas energias, pois enfrentar o papel principal de Simon Boccanegra, uma das maiores páginas de Verdi para um barítono, principalmente neste teatro onde triunfou tantas vezes como tenor, não é nenhuma pequena façanha. Mas está provado que nem o câncer o derruba.
Sua interpretação do corsário genovês é profundamente lírica. Ele assume a falta de um registro baixo mais poderoso, mas compensa esta falha com seu incomparável fraseio e um senso inigualável de musicalidade. Ao final da apresentação, numa coletiva de imprensa improvisada, ele brincou: “Quando eu escutava os tenores deste coro maravilhoso cantarem, sempre me perguntava o que eu estava fazendo ali cantando com eles. Agora, com os barítonos e os baixos existentes, nem te conto.” Seu personagem de Simon Boccanegra agradou ao público, que o recompensou no final com aplausos calorosos. Não faltou, é claro, uma ou outra manifestação contrária, sem dúvida partidária de uma interpretação mais canônica. Ele ficou satisfeito pela aceitação não ser unânime: “Se não este não seria o Scala”. De resto, disse que se sentia com “100%” de sua capacidade e que não pensa em se aposentar: “Eu não vou me aposentar, a não ser que minha voz me aposente.”
Quem ficou com a pior parte das críticas foi o diretor, Daniel Beremboim, que impôs tempos excessivamente dilatados para o gosto italiano, sempre partidário de óperas mais animadas. Por outro lado, na tarefa de reger o concerto, buscando a amálgama entre os músicos, esteve fantástico. Os metais sobressaíram na orquestra e, é claro, o coro, que consegue passar de um sussurro aos plenos pulmões.
O resto do elenco obteve o consenso, tanto a Amélia de Anja Harteros, como o Gabriele Adorno – o papel de tenor que Plácido cantou em várias ocasiões no Scala – de Fabio Sartori e o imponente Jacopo Fiesco de Ferruccio Furlanetto. A encenação dirigida por Federico Tiezzi foi muito convencional. Até que, perto do final, surge um espelho imponente que reflete toda a sala, não se sabe por que razão.
A temporada atual do Scala passa por uma febre dominguista sem precedentes, desde a noite em que o tenor se apresentou em dezembro para celebrar seus 40 anos de colaboração com o teatro. Na ocasião, ele cantou o Sigmund de “A Valquíria”, que não é muito representativo de sua trajetória. Mas o público italiano está acostumado a seus saltos mortais, desde o distante 7 de dezembro de 1969 em que, com apenas 28 anos, estreou em “Ernani”. Depois de ter passado pelos principais papeis verdianos e pós-verdianos, em 1991, já na era de Riccardo Muri, apareceu com um Parsifal que torceu os narizes dos fãs – Wagner, o grande rival de Verdi, estreando uma temporada! - até que o ouviram e tiveram de se render à evidência. Nos anos seguintes, já não se surpreenderam em ouvi-lo em papeis como Vidal Hernando de “Luisa Fernanda” ou o Cyrano de Franco Alfano.
O surpreendente é que, 40 anos mais tarde, Plácido Domingo continua se reinventando. Em breve levará seu Simon a Londres e a Madri, mas ele apresentará sua maior novidade em setembro em Mantua, numa produção da RAI dirigida por Zubin Mehta: nada menos que o Rigoletto. Será que deve-se esperar daí sua consagração definitiva como barítono? Quem sabe.
Enquanto isso, o ciclone dominguista em Milão não terminará com as apresentações de Simon Boccanegra. A cidade foi escolhida este ano como sede da Operalia, concurso que o cantor incentiva desde 1993. Em 2 de maio Plácido tomará a batuta da Filarmônica de La Scala para acompanhar os vencedoras na noite final. O cantor disse recentemente que nunca se apresentou num concurso, e se o tivesse feito, nunca teria ganho, pois teria morrido de susto. Mas é difícil acreditar: um tenor que canta o Simon Bocanegra no Scala não sabe o que é ter medo. Por isso.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Brünnhild (Brunhilde)

Brynhildr, Brünnhild, ou ainda Brunhilde é uma das Walkírias, devotas da deusa Freya e servidoras de Wotan, junto com Signy ou Sieglinde são as duas Walkírias mais conhecidas da história nórdica.
Muitas histórias povoam sobre o nome de Brunhilde, que fazem dela um personagem importante diante do complexo labirinto que é a mitologia germânica, ela em algumas passagens é tratada como a rainha da Islândia, em outras ela aparece simplestemente como a Walkíria que sempre lhe cabia decidir o rumo das guerras entre reis, tudo destinado por Wotan, o rei dos deuses.
Outro fato interessante é a sua ligação com Siegfried, que julgam ter sido seu amante secreto, com quem também chegou a trocas promessas de casamento. Tudo começou quando Odin mandou-a decidir o destindo da luta entre dois reis, decidino em prol de um rei que não era de completo agrado de Odin, este condenou-a a viver como mortal num castelo, presa dentro de uma redoma de fogo e só poderia ser resgatada por Siegfried, seu eterno apaixonado, depois de cumprir com sua tarefa, Siegfried (ou Sigurör) pede Brunhilde em casmento oferecendo-lhe um anel, logo depois parte e promete voltar para realizar o casamento. Em meio a isso a rainha Grimnhild do reino de Djuki usa de encantamento para fazer com que Siegfried se case com sua filha, Gudrun e promete Brunhilde a seu filho Gunnar que logo parte ao encontro de sua prometida, mas nao consegue passar pela redoma de fogo.
Por fim Siegfried para ajudar Gunnar, se transfigura no jovem e entra na redoma para resgatar por vez Brunhilde em meio a isso o feitiço cai e Brunhilde descobre a verdadeira face de Siegfried e descobre o casamento deste com a princesa Gudrum, desconsolada Brunhilde planeja a morte de Siegfried, que é executada por Gutthorn, irmão mais novo de Grunnar, mas ao ver seu amado morto, Brunhilde termina por se jogar na pira mortuaria na qual queimava o corpo de Siegfried.
Brünnhild foi personagem principal de três óperas de Wagner, sendo elas: "Die Waküre, Siegfried e Götterdämmerung (O Crepúsculo dos Deuses)", tendo papel principal na história de Wotan que devolve os tesouros dos Nibelungos às filhas do Reno.

Signy (Sieglinde)

Junto com Brunhilde, Sieglinde é a Walkíria mais conhecida da mitologia, em toda a gama de histórias que se entrelaçam formando a mitologia germânica, Sieglinde aparece de várias formas e em várias histórias, ela também é citada como uma das personagens principais da obra Wagneriana "A Saga do Anel de Nibelungo" na qual se inclue a ópera "Die Waküre".

Bom de várias histórias na qual aparece Signy, ela administra várias personalidades, nos primeiros relatos ao seu respeito, ela aparece como filha do rei Volsungo e se casa com o vilão Singgeir que mata toda a sua família com exessão do seu irmão Sigmund, que ela por sorte consegue salvar e que mais tarde constroi um relacionamento insestuoso com ele, enfurecendo o seu marido que por fim chega a matá-la queimada. Em outros relatos ela é filha do sobrinho do rei Singgeir e se apaixona pelo rei do mar Hagbard e promete que nao permaneceria viva caso ele morresse, pouco tempo depois ela descobre que ele foi sentenciado a morte e cumprindo com o juramento ela queima sua casa permanecendo dentro, enquanto seu amado se enforca.

domingo, 11 de abril de 2010

As Walkírias

As Walkírias eram entidades menores, guerreiras e servas de Wotan (Odin), elas eram responsáveis pela escolha daqueles que seriam apresentados no salão Walhalla diante de Odin e toda Asgard. Eram mulheres que juntamente com seus cavalos alados sobrevoavam os campos de batalha atrás destes tão esperados guerreiros que após a morte terrena lutariam ao lado de Wotan na batalha final, o Ragnarök.
Além dos cavalos alados as Walkírias eram equipadas com seus elmos de prata ornados de grandes asas e uma lança, estas armas tão brilhantes eram responsáveis pelo fenômeno da aurora boreal, que segundo a mitologia não passa do faiscar dos elmos em contato com a luz. Embora trabalhando para Odin, as Walkírias eram chefiadas pela deusa Freya, que através de um acordo feito entre ela e Odin foi estabelecido que todos os guerreiros recolhidos pelas guerreiras seriam primeiramente apresentado no salão da deusa, elas também eram responsáveis pelo rumo das batalhas, elas meio que escolhiam quem ganharia a guerra.
As Walkírias eram 16 guerreiras, mas sendo Brynhild (Brunhilde) e Signy (Sieglinde) as mais conhecidas, graças a ópera do compositor alemão Richard Wagner "Die Walküre" (As Walkírias).

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Thor.

Thor, deus do trovão, filho de Wotan e enteado de Frigga é o mais forte dos homens, representa a o trovão, tem a estatura alta, barba e cabelos avermelhados. Ele é filho de Wotan (deus supremo de Asgard - mundo mais elevado da mitologia, equivale ao céu) com Jord deusa suprema e rainha de Midgard (um mundo abaixo de Asgard - equivale a terra), durante o Ragnarök, Thor será morto por Jormungandr. Por causa do seu tamanho ele era considerado muito grande para ser um deus, chegando a comer uma vaca sozinho no jantar.

Para os fazendeiros que eram contra a guerra e a maldade veneravam Thor ao invés de Wotan, que só era venerado por aqueles que tinham dentro de si algum espirito de ataque, a sua arma era um martelo mágico que nunca errava o alvo e sempre retornava a sua mão, ele usava luvas de ferro para segurar o martelo e um cinturão que dobrava a sua força. Sua parceira era a deusa da colheita Sif com quem teve uma filha, outra parceira de Thor foi a giganta Jarnsaxa com quem teve dois filhos a Força e a Coragem. No mundo romando alguns relacionam Thor com Hercules por causa de sua força, outros relacionam ele com Jupter por causa da grandeza do deus trovão.
para os Saxões deram o nome de Thor ao quinto dia da semana, Thursday ou seja "Thor's day" (quinta-feira em inglês) o mesmo aconteceu entre os escandinavos que chamaram a quinta-feira de "Torsdag". De todo panteão nordico, Thor era o deus que mais possuia templos.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Wotan (Odin)

Não há como negar que a mitologia nórdica desperte no povo ainda hoje, uma certa curiosidade e especulação. A mitologia nórdica evolve toda uma simbologia cósmica e uma crença pré-cristã que tem como origem o norte da Europa ou a Escandinávia (Islândia, Dinamarca, Noruega, Suecia, Finlandia) e chegando até a Germânia (Alemanha atual), mas precisamente uma crença (ela não chegou a ser considerada como uma religiosidade por que nao tem nenhuma escritura referente a algum ser divino) que nasceu com o povo Viking, mas perdeu seu valor e grande parte do seu conhecimento foi abolido após o processo de cristianização da Europa. Hoje toda essa composição mitológica permanece viva apenas como o imaginário (o folclore) do povo escandinávo e também as produções cinematográficas e na literatura. no século XIX toda essa arte também esteve muito presente nas composições operísticas do compositor alemão Richard Wagner, que retratou em suas óperas todo esse universo nórdico (a sequência de "O Anel de Nibelungo"). Esta crença é muito bem arquitetada e muito humana, a curisidade é que os Deuses são todos humanos, chefiados por Wotan (Odin), no qual se segue um conjunto de mundos onde são habitados por guerreiros, guerreiras aladas (as Walkírias), anões e muitas outros seres, tudo isso sem perder seu valor cósmico (que define claramente o início e o fim do mundo).

Wotan (Odin) é o deus supremo de todos os Vikings, ele é governante de Asgard e senhor de toda a magia do mundo, era governava os mundos diretamente do seu palácio, o Valhalla sempre aparelhado de sua lança que nunca errava o alvo e seu cavalo de oito patas. Wotan é considerado o Deus supremo do panteão mitológico, o rei dos Deuses, ele inspirava no povo a coragem, a força, era dele que advinha toda a inspiração dos guerreiros vikings. Ao seu lado a segfunda figura mais importante da mitologia é a deus Loki com quem se confrontaria durante o Ragnarök (o fim do mundo) sendo assassinado por Fenryr, um lobo criado por Loki durante a guerra. Embora o camponês mais simples temesse Odin e venerasse abertamente Thor, Odin não deixaria de ser o Deus mais importante de toda a hierarquia nórdica, tanto que o dia de quarta-feira no calendário germânico tem o nome oferecido a Wotan (Odin), ganhou as denominações, no inglês, wednesday (antigo saxão, wôdanes dag, anglo-saxão, vôdnes dag), no holandês, woensdag (média-neerlandês, woensdach), no sueco e dinamarquês, onsdag (Old Norse, odinsdagr), e no dialeto da Vestefália, godenstag ou gunstag..
Dentre os vários contos escritos sobre Odin, em várias passagens ele se apresenta vestido de viajante, trajando um longo chapéu e uma túnica azul ou cinza, onde chega a receber também os codinomes de Gagnrad (o que determina a vitória), Grimnir (o disfarçado), além do Hávalmál (parte III) e nos Baldrs Draumar, respectivamente com os nomes Hár (o elevado, o eminente, o sublime) e Vegtam (o acostumado aos caminhos). Se a gente ver direitinho pode ser, que na série de livros "O Senhor dos Anéis" aquele mago Gandalf, tenha sido inspirado na figura de Odin durante essas aparições dele.

sábado, 3 de abril de 2010

W. A. Mozart.

Wolfgang Amadeus Mozart, foi um dos artistas mais gêniais e controverso de sua época, compositor nascido na Salsburgo na época do imperador Francisco I, começou a compor e a fazer apresentações desde os 5 anos de idade, sempre acompanhado do pai e a mando do senhoriu da família, o arcebispo da cidade. Com sua fama ja percorrendo toda Viena, considerada a capital da música da época, despertou o interesse do imperador que desejou conhece-lo. Sua apresentação pessoal ao imperador causou um furor enorme diante de todos, Mozart era um rapaz de maneiras pouco convêncionais para a nobreza, mas isso nao foi obstaculo para que o imperador logo lhe confiasse o trabalho de compor uma ópera nova, que seria em alemão. Mozart preparou então "Idomeneo" e "O Rapto do Serralho", vale pensar que pelo fato do enredo do serralho se passar na Turquia, num harém causou um certo receito do diretor da ópera deixar passar o trabalho de Mozart, mas terminou que no dia da estreia foi um sucesso, a partir daí surge claramente uma rivalidade por parte do compositor da corte, o italiano Antonio Salieri.
Mozart a partir daí nao parou mais sempre compondo, se apresentando e o sucesso chegando cada vez mais rápido sua música era tão marcante que conquistava a todos que a ouvia, não muito diferente do que é hoje. No lado pessoal, as coisas não eram muito boas não, ele gastava demais em farras e bebidas, casou-se cedo com uma jovem chamada Constanze Weber ainda sem o consentimento do pai e agora como chefe de família, mal tinha dinheiro pra sustentar a casa, logo começaram a surgir dívidas, ao contrário de alunos que não surgiam nenhum.
Com o passar do tempo, Mozart ja era um músico de carreira, com inúmeras composições até que adoeceu e chegou a falecer. Foi enterrado numa vala comum, no cemitério de São Marcos, hoje ainda não se sabe o local exato do sepultamento dele, ele nao contava 35 anos ainda.
Sua obra foi um material inspirador para vários outros compositores da estirpe de Beethovem e Hadyn. Entre suas composições econtramos desde sinfonias, acordes, cantatas, musicas sacras e óperas de sucesso como Don Giovanni, Le Nozze di Figaro, A Flauta Mágica, A Clemência de Tito e o seu famoso Réquiem que lhe foi encomendado pouco antes de adoecer, mas não completado até a sua morte, o réquiem foi finalizado por um discípulo seu chamado Franz Sussmayr.


(nesta foto, Mozart aos 5 anos fazendo um concerto ao piano.)

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Giuseppe Verdi.

Giuseppe Fortunino Francesco Verdi, o maior compositor da era romântica italiana! Quem nunca se deliciou ouvindo o coro do escravos hebreus da Ópera Nabucco, ou o coro dos ciganos em Il Trovatore?
Verdi, nasceu quando a Itália ainda não unificada passava por momentos tensos, filho de taverneiros teve sua educação fundamentada numa escola jesuítica local, mais tarde teve a ajuda financeira de um amigo chamado Antonio Barezzi que financiou os seus estudos musicais, com 18 anos foi estudar em Milão aonde tentou ser admitido no conservatório, mas sendo recusado por ser mais velho durante a seleção, Verdi ai ja tinha aprendido a tocar piano sozinho, mas de maneira um pouco rustica. Recusado no conservatório, Verdi passou a ter aulas por três anos com um professor particular, tudo financiado por Barezzi, e voltando a Busseto (sua cidade natal) começou a trabalhar como chefe da banda da cidade, onde começou a produzir as suas primeiras composições, terminou por casar-se com Margueritta Barezzi, filha do seu mecenas e vijando novamente para Milão agora em definitivo, lá ele comporia para o Scala de Milão o teatro mais respeitado da Itália a sua primeita ópera "Orberto - Conte de San Bonifácio", a ópera nao foi um sucesso grandioso, mas rendeu-lhe bons frutos, no meio de sua primeira glória morriam os dois filhos de Verdi com Margueritta ainda pequenos, não se deixando abater, Verdi compôs a sua segunda ópera, agora uma cômica "Un Giorno di Regno", mas esta fracassou totalmente, arrasado, jurou que nunca mais comporia novamente. Falecia agora Margueritta, sua esposa, no meio de tanta coisa Verdi se viu sem saber o que fazer, até que o diretor do Scala lhe apresentou uma nova proposta de ópera que seria baseado num balletto que por sua vez era baseado na história de Nabucodonosor e dos escravos hebreus, Verdi a um tempo atrás havia assistido esse ballet com sua esposa ainda viva, o que agradou muito a Margueritta, principalmente a cena dos escravos, emocionado pelo fantasma da proposta, começou a trabalhar no enredo desta ópera que seria seu primeiro êxito de verdade, pouco tempo depois Nabucco (o nome agora encurtado por ser tão grande para um título) foi apresentado a toda Milão e foi um enorme sucesso, rendendo a Verdi vários agrados, a soprano escolhida para a estréia foi Giuseppina Streponni, que viria mais tarde a ser a segunda esposa de Verdi.
Depois do sucesso de Nabucco, lhe foram encomendadas várias outras óperas, algumas com o sucesso maior do que outras, entre elas "Macbeth" baseado na peça de Shakespeare que Verdi mais tarde diria ser sua ópera favorita, enquanto isso Giuseppina ia ficando cada vez mais perto de Verdi e vendo a sua carreira a cada momento chegando ao fim, para Giuseppina cantar era mais uma obrigação do que um prazer, ela tivera um caso com um homem casado do qual engravidou, seu filho nao podendo ser visto com ela em público era deixado com a irmã, e Giuseppina pagava seus estudos com o canto, isso viria mais tarde a ser um empessílio na concretização do seu casamento com Verdi, mas terminaram por se casar perto de Genebra em 1859 e foram viver em Busseto novamente, Verdi ai iniciaria um periodo de reclusão própria por um tempo, dedicando-se agora a terra, seu casamento com Giuseppina nao foi bem visto diante da sociedade arcaica de Busseto, mas o casal sempre soube contornar a situação. Com o fim da sua reclusão e de volta a Milão, Verdi voltou a compor o que seria mais tarde uma tríade de óperas muito bem argumentadas, seriam elas "Rigoletto, Il Trovatore e La Traviata" (que por causa do seu argumento nao foi muito bem recebida pelo público, a ópera era baseada na pela de Alexandre Dumas "A Dama das Camélias"), hoje sendo vista em todo mundo, mas na época as críticas não favoráveis a Verdi fizeram com que ele se questionasse o seu modo de viver e pensar, nessa época ele viria a se transformar no "Verdi maduro", diferente do jovem Verdi que criou "Oberto e Nabucco" ou do Verdi "Revolucionário" que criou "La Traviata e Rigoletto", nesta sua fase ele voltaria a compor óperas como "Un Ballo in Maschera, La Forza del Destino e Don Carlo" que de certa forma desafiaria aqueles que as assistissem, e até mesmo a censura que tentou barra-las em vão, diante disso Verdi ainda foi condecorado Deputado e logo depois Senador do império Italiano (nesta época a Itália ja era unificada), em 1871 encomendaram uma ópera ambientada no Egito que seria exibida nas festividades da abertura do canal de Suez, assim nascia a sua "Aida". Já cansado, passado dos 70 anos Verdi ainda compôs Otello e Falstaff também baseadas em peças de Shakespeare, assim finalmente se aposentando.
A partir daí sua vida só foi marcada pela construção de uma casa de repouso em seu nome e pela morte de sua esposa Giuseppina e um ano depois pela sua própria morte. Verdi morreu com 80 anos, o seu corpo e o de Giuseppina foram enterrados na capela da casa de repouso. Verdi ao longo da vida compôs 28 óperas, fora peças sacras e romanzas.