Maria Callas

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

A rainha virgem

Elizabeth, filha da renegada Ana Bolena e Henrique VIII, herdou o trono após a morte da sua meia-irmã Maria I, um país dividido entre o catolicismo e o protestantismo, falido e tendo seu poder publicamente contestado, mas foi ela quem introduziu a Inglaterra num período de paz e prosperidade, que por muitos foi chamado de "A ERA DE OURO". Assim como sua mãe Elizabeth desperta a imaginação de estudiosos ou leigos pelo fato de nunca ter se casado, por ter seus romances lords e corsários e também por ter sido uma governante de punho firme, uma rainha capaz de dominar os mares e derrotar grandes inimigos de sua nação como a Escócia e a Espanha. Assim como seu pai Elizabeth era amante das artes, escrevia poesias e cânticos, foi ela quem patrocinou o teatro inglês, principalmente o dramaturgo William Shakespeare, como dominadora dos mates lançou ao mar os seus famosos corsários, que eram piratas pagos pela rainha para roubar ouro e pedras preciosas de navios espanhois vindos do novo mundo, foi ela também que dominou a parte norte da América, tendo em uma homenagem um estado chamado Virgínia após a independencia dos EUA.
Elizabeth subiu ao trono em 1559, e uma das suas primeiras providências como rainha e sob o auxílio de William Cecil foi uniformizar a religião inglesa, de criação protestante e o povo inglês a certo tempo ja vivendo num regime semelhante e ainda se recuperando das perseguições católicas de Maria I fez com que Elizabeth reativasse a "acta de uniformidade" criada pelos tutores de Eduardo VI o outro meio-irmão da rainha e logo depois ela mesma criou o "ato da supremacia" onde todos eram obrigados a aceitar a fazer um juramento onde reconhecia o controle total da soberana sobre a igreja. Com o afastamento de Cecil de sua câmara privada, Elizabeth nomeou como o seu secretário fiel Francis Walsingham, foi ele que também criou o primeiro serviço de espionagem da Inglaterra. Como toda rainha, seus lords começaram a questionar possíveis casamentos para a rainha, mas que logo todos foram descartados, não há razões precisas sobre a contrariedade de Elizabeth em relação ao casamento, mas uma das mais viaveis é que ela nao quisesse perder a sua independência, opinião fortemente influenciada pelo historico de "maus tratos" que seu pai chegava a dispor com suas esposas, incluindo sua mãe, o discurso formal feito pela rainha para justificar sua decisão foi dizer ao povo que tinha se casado com seu país, e seu único dever seria cuidar dele e de seu povo.
O reinado de Elizabeth I também foi movientado por revoltas e guerras com seus visinhos, princiapalmente com a Escócia onde era governada por uma prima de Elizabeth, Maria Stuart. Maria era filha da rainha francesa Marie de Guise e o rei escocês Jaime V, em 1559 Maria Suart estava na França e apoiada pelos franceses se auto-proclamou rainha da Inglaterra, e enquanto isso na Escócia Marie de Guise autorizou a entrada de franceses nos seus domínios e começou a construção de fortificações, mais tarde forçada por Elizabeth, Marie assinou o tratado de Edimburgo onde ela era obrigada a desocupar a Escócia de exercitos franceses. Fora todos esses problemas Elizabeth foi obrigada a cuidar de revoltas e conspirações dentro do seu próprio reino, mas como sempre conseguia contorná-los. Por volta dos anos de 1580 Portugal e Espanha formavam a união ibérica, onde Felipe II (viúvo de sua irmã Maria I) recebia completamente o controle sobre o mar, sendo assim rival direto de Elizabeth na campanha marítima desse jeito começou a guerra anglo-espanhola, medidas foram tomadas para que fossem contidas qualquer conspiração contra a rainha, eram tempos difíceis, Walshingham cuidou de tudo, e logo a participação de Maria Suart em conjunto com Felipe II numa conspiração para tirar Elizabeth do poder e tornar-se rainha foi descoberto, Maria foi presa e excutada no castelo de Fotheringhay em 1587, equanto isso a marinha da Espanha entrava no canal da mancha rumo ao conflito, completamente armada com sua marinha a Inglaterra entrou em combate saindo vitoriosa, o que rendeu a Elizabeth alta popularidade e o que lhe rendeu um tempo de paz e prosperidade para a Inglaterra, que também foi consagrada como uma potência.
Com a morte de Elizabeth em 1603, a Inglaterra entrava novamente no problema sucessório, ja que a rainha nao tinha filhos, de acordo com o testamento de seu pai o trono devia ser ocupado pelos decendentes de sua tia Maria Tudor (irmã de Henrique VIII), mas como a preferencia sempre era para o herdeiro masculino, o trono terminou por cair nas mãos de Jaime VI da Escócia, futuro Jaime I da Inglaterra, filho de Maria Stuart. Jaime foi proclamado rei poucas horas depois da morte de Elizabeth, assim terminava a dinastia dos Tudor na Inglaterra e começava a dos Stuart. Elizabeth foi sepultada na abadia de Westminster no mesmo túmulo que sua irmã Maria I.

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